sexta-feira, 29 de agosto de 2008

(Como Vênus nascendo da espuma do mar...)


Certa vez ouvi mencionar de um elegante instante momento. Que teria idéia de um infinito universo, como se fossem paredes em tardes de futebol e em novelas de rádio....Cuja existência estivera em um braço, com um sorriso impresso nos lábios.Talvez estaria enfeitiçada pelas últimas palavras, que transformava uma infância em juventude.Estendendo as memórias do amanhecer até a penumbra azul da madrugada, penetrando num mundo de imagens e sensações.Parecia tão real em ocasião...Talvez uma vontade de ressaltar essa conexão, porém um sonho espesso de esquecimento e a perspectiva de que não haveria sido mais do que um acaso.Algumas tardes apenas acabavam num bar, dividindo a mesma bebida. Talvez a grande estupidez de perseguir o que nos fazem mal.Ao ouvir blasfêmias, benzer-se cinco vezes. Agradeço. Logo então jurava que beberia uma garrafa de “álcool”. Quando tudo despertava uma percussão de rosas, bombons junto ao livro de cabeceira, não era incomodo, eram frutas, por isso não me incomodo e então dito as regras.Sem frescuras. Sem pudor, eu lhe agradeço, por consideração ao que não ficou vagando por ai, do contrario deixaria na rua. Já não tinha a menor dúvida quanto a quem pertencia.O rosto e as caretas forjadas. Pés finos e mãos que não deixam ofegar-se, cobertores finos, uma taça com um liquido fumegante que cheirava a chocolate, e licor de frutas.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Consumiram - se. Bailaram uma valsa sem trajes a rigor, ou qualquer tipo de máscaras, estavam nus, puros e singelos. Esta valsa, a qual não se toca, somente se ouve. De corpo e alma deve - se parar e ouvi - lá.
Umas troca de olhares. Sua alma gritou à razão - é ela: a pessoas a quem não podemos esperar - encurtavam os passos, os dois passos, descompassados iam os passos até o encontro de seus ombros ao daquela pessoa desconhecida. Então por um, único, segundo os olhares encontravam - se paralelos... mas os corpos continuavam o rotineiro andar.
Transbosdavam as lágrimas, e um enorme contentamento em saber qye suas vidas justificavam - se em apenas um segundo, naquele preciso segundo, onde ..
jamais irão se encontrar novamnete.


(Rafaela Sampaio)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008


Pirei ... pirei ... pirei.
Era só o que eu escutava, surgia de dentro.
Uma espécie de eco, não sabia de onde ...
Pirei ... pirei.
Tudo começou, ou acabou. Tudo se misturou, acumulou.
Eu, já não pensava,
nada me era claro, as coisas, as pessoas,
e o nada fazia sentido.
Pirei! Será mesmo possível?
Eu, que sempre fui tão equilibrada, muito certa de tudo, mantinha sempre o controle das situações.
Perdi tudo, assim, sem maiores explicações.
O que será que me aconteceu?
Eu pirei?
E as vozes continuavam ...
Pirei... pirei ... pirei !
Minhas certezas desapareceram, estava sozinha, só.
Já não tinha mais meu corpo, mente e nem sentimentos.
Pirei ...
Dizem que passa, que são só momentos, momentos de piração.
Não sei bem se isso existe.
Mas .. eu pirei e foi para sempre. E sempre !
Pirei e não voltei.
Talvez eu goste de tudo isso.
A incerteza, angústia.
Pirei.