domingo, 29 de junho de 2008

' Dois corpos distantes reais


Um dia frio e úmido,como de costume no mês de Junho,música ambiente em um quarto colorido e esperançoso,livros interessantes,discos empilhados aguardando um nome lugar e papéis de lembretes espalhados por todos os lados,fotos pregadas em um quadro simpático e um lençol amarrotado e florido,á espera de mais uma noite sem companhia. Ela continua com teus desejos e idéias abstratas. Descansa e apóia tua xícara de porcelana sobre uma velha escrivaninha,esperando que teu chá de ervas se esfrie. Assim,desejava que fosse tuas conclusões;frias,esquecidas,abandonadas em mais uma noite fria e solitária,enquanto a Primavera não chega. O som ambiente permanece ao mesmo ritmo que tuas emoções;torna-se surpresa,a saudade aperta,mas não pensa em e-mails,mensagens práticas nem em conversas diretas,pensa na mais sonhadora e concreta realidade:o estar ao lado,muito próximos para que se sintam íntimos e á vontade,mesmo a imagem de teu rosto desaparecendo e aparecendo constantemente,ela tem e comprova o sentimento maios cobiçado e bonito,que um ser racional pode sentir,assim,encontra forças para manter-se viva e cheia de sonhos,ele alimenta as tuas necessidades e faz a fé renascer. Teus CD´s estão marcados e organizados em ordem alfabética, o espelho manchado, a faz ter esperança de que há de algo bom de sentir,ele alimenta e completa cada lacuna vazia de incertezas, vazias de esperanças em sonhos, certezas e fé.A porta encostada vai se abrindo a cada instante que o volume é aumentado,ela não se afasta da situação que os envolvem,o sentimento que a faz sofrer,é maior que as situações desagradáveis ocorrentes,ela se dispõe a superar tudo e todos,até a porta ser apresentada por ele.Ela encontra mais uma alma perdida,a realidade de dois corpos distantes.