sábado, 5 de abril de 2008

- Nascer

"Acordou com o ruído de uma porta que se fechava pesadamente lá embaixo, no térreo. Demorou um pouco a se lembrar do lugar onde estava, de estômago embrulhado. Ouviu som de música suave. Tentou olhar à janela. Não viu nada além de um telhado onde havia algumas frestas de luz verde.
Ficou curioso. Não sabia se o galpão pertence ou não à casa de Marie. Sentia sede. Desceu para procurar a copa. No pé da escada um abajur enorme, acesso, mostrava duas portas. A primeira à esquerda, devia ter vindo dela, porque era pesada.
Forçou a fechadura. Teve dificuldade para obrar, mas não estava trancada. Abriu. Sentiu – se invadido por uma luz verde"
, a luz que foi além de seus olhos. De repente sumiu tudo em sua volta, as paredes, o chão, os móveis, o estômago e a sede. Ficou só com luz e a música. Não entendia o que estava acontecendo. Sentia, era uma sensação estranha, uma reflexão. O que passou, o que estava por acontecer, a vida. Tudo se misturava. tudo se tornava um.
Durou alguns segundos, minutos, ou talvez, horas. Não se sabe ao certo. Mas para ele, foi uma vida, uma vida que se perdeu e outras que nasciam .
Aos poucos a música, levemente, foi sumiu, a luz indo embora e as coisas voltando ao normal. O homem voltou para a cama;
Quando acordou pela manhã, não entendia o que tinha acontecido, não sabia se fora um sonho, fruto de sua imaginação ou se realmente aconteceu. Porem, tinha certeza, uma enorme e inexplicável felicidade invadiu sua alma, e vida.

Um comentário:

e para Maitê disse...

- É.
Só os sonhos podem fazer da nossa vida um pouco mais real.