sexta-feira, 6 de março de 2009

- Teoria dos meses.

Enquanto tudo apaga, você vai acendendo, ascendendo.
Falamos de Março, da perdição. Mas Janeiro continua sendo o pior dos meses. A nostalgia do que deveria ter acontecido, e de fato não aconteceu. Enaltecedor perceber que em Janeiro, Fevereiro, Março nossas carnes são mortas, vive-se a pulsante sensação de alegria e descompromisso, descompasso.
Morre-se por dentro, a superficialidade domina nossas ações, e somos tomados pela vontade de descanso eterno. Perdemos valores e éticas, e até desaprendemos a escrever. Tudo é retomado lentamente, até que o muro de Janeiro vá-se sumindo, e novamente buscamos Janiero.
Janeiro é o mês das novas, das más ou boas novas. janeiro é o mês da terrível adaptação entre o que você era - e o que deixou de ser, e talvez a terrível constatação que continua sendo o que era.
Uma perda de Janeiro nunca é esquecida, Janiero é um mês de amores - de- verão, e se o verão acaba, o amor, talvez acabe. O amor acompanha os meses, quanto mais calor, derrete mais rápido.
Janeiro, é o mês de morrer e nascer, morre-se mais do que nasce-se.
Janeiro, eu nunca esqueço.


ps: Lari, ótimo texto. Me senti com vontade de falar de meses.

Um comentário:

Unknown disse...

- Janeiro tinha tudo pra ser diferente...